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Pais criam ONG para tentar recuperar filhos levados para o exterior



Há quatro anos o brasileiro Cesar Pimenta Caetano vive o mesmo drama que Oziene Vieira, aguardando uma decisão da justiça brasileira para que possa reaver a filha. Nesse tempo, indignado com a situação ele e outro amigo também na mesma situação criaram a organização não governamental Let’s Go Home (Vamos para casa, em português). A entidade realiza eventos para esclarecer pais e mães sobre o rapto internacional de crianças.

Cesar conta que alguns eventos já foram organizados para arrecadar fundos e investir no atendimento aos pais. “Queremos oferecer orientação jurídica e emocional aos pais que se encontram em situação como a minha”, conta.

Há quatro anos a ex-esposa decidiu ir ao Brasil para uma viagem e só depois avisou que não voltaria ao Canadá. Desde então, Cesar vive o drama de não poder ver a filha. A briga na justiça pela custódia de Alice, de 10 anos, se arrasta pelos tribunais brasileiros.
Na tentativa de mostrar não só para a filha, mas para a sociedade o drama que alguns pais vivem enquanto são separados dos seus filhos, Cesar publicou vídeos no YouTube sobre seu caso, criou o website BringAlicehome.com, página no Facebook e Twitter, publica cartazes e camiseta com a foto de Alice.

Ele adverte outros pais que possuem filhos em outro país que a legislação deixa brechas e a demora na solução pode custar caro para o relacionamento familiar. Cesar também faz parte de outras organizações, inclusive no Brasil, que tentam alterar leis que garantem a guarda compartilhada de menores de 18 anos. “É preciso que haja mais critérios para a viagem internacional de crianças”, espera.

Mãe brasileira busca filha desaparecida nas Filipinas

Pai chamou família para uma viagem de férias e desapareceu com a menina de dois anos

O que era para ser apenas umas férias de poucos dias se transformou no maior pesadelo que a brasileira Oziene Vieira, de 23 anos, poderia ter. Quando o namorado, pai de sua filha de dois anos, pediu para ir ao supermercado com a menina Oziene nunca imaginou que ele não voltaria para o hotel. O caso aconteceu em junho e até agora a brasileira que mora no Tocantins não sabe ao certo o paradeiro da única filha.

A história que a própria brasileira adverte parecer inacreditável é cheia de detalhes que leva a crer que tudo foi planejado pelo pai da garota, Alexander Levin. Ele, um ucraniano naturalizado canadense, fazia visitas constantes a Palmas (TO) onde teria negócios e lá conheceu Oziene. Depois que a menina nasceu ele retornou ao Tocantins por várias vezes, sempre convidando as duas a saírem do país com pretexto de tirar umas férias. Em maio deste ano, Oziene, uma desenhista, largou o emprego e aceitou a proposta.

Depois de passar por vários países, o que parecia ser uma viagem de sonhos, acabou em um hotel na Ucrânia. Alexander saiu com o pretexto de comprar algo em um supermercado e desapareceu levando Ieda, de apenas dois anos.

Depois de contatar as auto-ridades, Oziene não teve outra alternativa a não ser voltar ao Brasil semanas depois, sozinha. Em poucas conversas mantidas entre os dois pelo Facebook, Alex Levin afirma que não tem mais a menina e que teria deixado-a aos cuidados de uma babá nas Filipinas. Segundo Oziene, nem mesmo a polícia canadense conseguiu pressioná-lo para devolver ou revelar o paradeiro de Ieda já que o crime de sequestro internacional não foi cometido no Canadá.

A briga fica ainda mais confusa e difícil de solucionar por envolver na verdade quatro países. Enquanto isso, Oziene, de volta a Palmas, sem emprego e com poucos recursos, espera o segundo filho de Alex Levin. “Eu quero minha filha de volta e a espera pela justiça brasileira está angustiante”, desabafa Oziene que ainda teme que Alex, na verdade, tenha vendido a menina para adoção.

Na semana passada, Oziene começou uma campanha pelo Facebook usando a ficha da Ieda junto a Interpol para tentar localizar a filha e pressionar autoridades. “Não sei mais o que fazer, já comuniquei as autoridades, mas no Brasil tudo é muito demorado”, reclama.

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