Objetivo da prefeitura é descobrir total de
moradores que precisam de auxílio.
Atualmente, 80 instituições da capital são
cadastradas para dar assistência.
A Prefeitura de Goiânia se prepara para fazer
um censo e descobrir quantas pessoas vivem em situação de rua na capital. O
objetivo é saber quais são as principais necessidades dessa população para a
aplicação de políticas públicas. “Faremos um levantamento em um primeiro
momento e depois vamos aprofundar o estudo para entender quais são as reais
necessidades”, explicou a diretora da Secretaria de Assistência Social,
Gardênia Lopes.
A secretaria informou que, atualmente, tem um
convênio com cerca de 80 instituições para encaminhar e dar assistência aos
moradores de rua. “Fazemos o cadastramento em programas sociais, como o Bolsa
Família, mas falta ter um número exato de quem precisa ser atendido. Por isso
faremos o censo”, disse a diretora.
Pelas ruas da capital não é difícil ver
pessoas dormindo em áreas públicas, vendendo produtos ou pedindo dinheiro nos
semáforos. No entanto, muitas vezes fica difícil para a população saber quem
realmente tem um problema e precisa ser ajudado.
Na quarta-feira (2), a Polícia Militar
prendeu Rosimary Rodrigues dos Santos, de 51 anos, suspeita de se passar por
deficiente física para pedir esmolas na capital. A denúncia foi feita por
motoristas. Segundo eles, a mulher riscava e chutava os veículos quando não
recebia doações.
No momento da ocorrência, um militar
descobriu que ela não era cadeirante. “Tive que pegar ela no colo, a coloquei
dentro da viatura achando que ela era cadeirante. No instituto de identificação
aconteceu um milagre: ela saiu andando”, contou o policial Sérgio Neiva
Barbosa.
Encaminhada ao 1º Distrito Policial, a mulher
foi autuada por contravenção, ou seja, por enganar as pessoas. O crime é
considerado uma infração de menor gravidade. Ela foi liberada e não queria ir
embora da delegacia sem a cadeira de rodas e o dinheiro, por isso, acabou sendo
levada a um hospital psiquiátrico.
Quem trabalha nas ruas e ganha o dinheiro
para sustentar a família não aprovou a atitude da mulher. É o caso do ambulante
Adilson Batista de Moraes, que chega a ganhar R$ 2 mil por mês vendendo
produtos nos semáforos. “Essas pessoas que ficam pedindo dinheiro atrapalham a
gente que está trabalhando”, afirmou.