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Filme vencedor no Festival do Rio 2012 conta a história de um pai desesperado a procura do filho desaparecido

Adolescente viaja no seu aniversário de 15 anos e não volta


O filme estrelado pelo ator Wagner Moura mostra o drama de Theo Gadelha (Moura), que vive uma crise em seu casamento. Por conta da separação encontra dificuldades para se aproximar e comunicar com o filho Pedro, um adolescente interpretado pelo estreante Brás Moreau Antunes.

No final de semana que completaria de 15 anos, Pedro diz que vai viajar com os amigos. E não volta no domingo de seu aniversário, como combinado. Isso desencadeia muita tensão na trama que é cheia de drama, suspense e cenas de reflexão.


O desespero une Théo e sua então ex-mulher, que se lançam numa busca frenética por casas de amigos, telefonemas a hospitais. No quarto do garoto, nenhum bilhete. "A Busca" começa, então, como um "huis clos", na atormentada casa da família, onde Theo não mora mais. Logo em seguida, torna-se um filme de estrada, em que o pai vai seguindo pistas que vão surgindo, fazendo, ele também, uma jornada de amadurecimento, um doloroso exercício de desapego de sua mania de controle.

Fora de sua zona de conforto, Théo vai sendo exposto a realidades múltiplas de um país tão contraditório quanto ele mesmo. Assim, passa por uma favela de beira de estrada, atravessa um rio numa balsa precária, convive com jovens numa comunidade alternativa, encara a rabugice de um velhinho (o ator Abrahão Farc, que morreu no final de 2012).

Por escolha dos roteiristas, a polícia não entra nesta procura. Este é um trajeto que passa ao largo das instituições e busca sua dinâmica dentro de relações íntimas e humanistas que se transformam ao longo do tempo.

O diretor do filme, Luciano Moura afirma que o intuito do filme é abordar as responsabilidades que um casal tem ao cuidar e criar um filho adolescente. E o medo que a má criação gera em todo ambiente familiar.