Ela foi vista pela última vez na rodoviária
da avenida José Cândido da Silveira
Os filhos de Maria Rita Melgaço da Costa, de
66 anos, estão a procura da mãe, que sofre de epilepsia e diabetes e precisa
tomar remédios periodicamente. Ela desapareceu no dia 13 deste mês, do Rio de
Janeiro, onde vivia com a família e foi vista pela última vez na rodoviária da
avenida José Cândido da Silveira, em Belo Horizonte.
O filho dela, Jefferson Melgaço, conta que,
há alguns dias, Maria Rita tinha sonhado com a mãe dela, que mora em Itamaraju,
na Bahia. No dia seguinte ela saiu de casa sem falar com ninguém e a família
desconfiou que ela pudesse ter ido à Bahia para encontrar com a mãe.
"Fomos na rodoviária do Rio, no dia 13 mesmo, e no dia seguinte, fomos
informados pela empresa de ônibus responsável pelo trajeto Rio-Itamaraju, que a
minha mãe realmente embarcou para a cidade baiana", conta.
Ainda segundo Jefferson, Maria Rita deve ter
descido na cidade da mãe e, depois de muito andar, sem encontrar a avó dele,
foi a rodoviária. "Nós temos família em Itamaraju, mas ninguém teve
notícias da minha mãe. Ela ficou na rua e, durante a noite, retornou a rodoviária
e dormiu ali, segundo alguns funcionários de lá", disse.
Belo
Horizonte
Ainda na rodoviária de Itamaraju, Jefferson
teve a informação de que a mãe tinha comprado uma passagem para Belo Horizonte.
"Não sabemos porquê, ela não conhece ninguém lá e nem a gente, e nunca foi
para a capital mineira. Eu acho que ela está desorientada, por causa da falta
dos remédios que tem que tomar", contou.
O trajeto Itamaraju-Belo Horizonte, tem uma
parada em São Mateus, no Espírito Santo e, a partir daí, outras diversas paradas
até chegar na capital de Minas.
Jefferson comprou uma passagem de avião para
Belo Horizonte após ficar sabendo do horário previsto da chegada, por meio da
empresa de ônibus responsável pela viagem. Porém, ao chegar no aeroporto de
Confins, foi informado que percurso até a capital demoraria cerca de uma hora
e, com isso, o horário da chegada dela a rodoviária e da chegada do ônibus ao
local, não coincidiram. Ao chegar a rodoviária, foi informado ainda, que o
ônibus em que Maria Rita estaria faria o desembarque na rodoviária da estação
José Cândido da Silveira.
Ele conseguiu chegar por volta de 10h, e
pediu imagens das câmeras da rodoviária para tentar localizar a mãe, porém, o
circuito de segurança estava desligado desde o mês passado, por causa de um
defeito.
Ao perguntar
a um funcionário da estação, Jefferson foi informado que a mãe dele, ou
uma mulher com as mesmas características de Maria Rita, havia ficado sentada no
local por cerca de meia hora e depois seguiu em direção ao metrô. Depois disso,
ela não foi mais vista.
"O meu medo é ela estar vagando aqui na
cidade, sem conhecer ninguém dormindo na rua, sem tomar os remédios que ela
precisa", disse Jefferson.
* Do Jornal O Tempo.