Mais
um desaparecimento de criança terminou com o fim trágico em Minas Gerais. Uma garota
de 11 anos, que desapareceu na última quinta feira, quando foi buscar o irmão na
escola, em Araxá, na Regiao do Alto Paranaíba, foi encontrada morta em um local
ermo. Ainda não existem suspeitos da autoria do crime.
A
garota Ana Clara Nunes da Mata foi vista pela última vez às 16h45 de quinta
feira. Como fazia todos os dias, estava em um centro de convivência onde
crianças aproveitam a tarde para estudar, dançar, ouvir música, entre outras
atividades. No fim do dia, ela saiu do local para buscar o irmão não escola.
“A
família dela mudou para a cidade há cerca de sete meses e sempre tinha o
costume de fazer o trajeto. Na quinta feira, ela não chegou até a escola”,
explica o delegado regional de Araxá. Heli Andrade.
No
início da tarde desta terça feira, alguns trabalhadores viram o corpo da menina
em um lote e acionaram a polícia. “O corpo foi encontrado próximo ao distrito
industrial. Pelo que vimos, a pessoa tentou queimar o corpo. Parte do crânio e
o rosto foram queimados”, diz o delegado. Segundo ele, ainda não dá para dizer
se houve violência sexual.
Apenas
exames feitos no Instituto Médico Legal (IML) da cidade poderão comprovar os
abusos. Desde o desaparecimento da garota, a polícia começou a fazer buscas na
cidade, porém, ainda não há pistas. “Estamos trabalhando com todas as direções.
O mais importante é conseguir informações da população para tentar chegar a
autoria. Por enquanto, não temos nenhum suspeito” diz o delegado.
Pais
em choque
Ontem,
familiares pareciam não acreditar na notícia da morte de Ana Clara. O pedido de
todos era único: por justiça. "Os pais não estão conseguindo abrir a boca
para falar. É inacreditável o que aconteceu. Esperamos que o culpado seja
punido. Quem fez isso não tem alma nem coração. Destruiu uma família humilde
que nunca fez nada contra ninguém", desabafou indignada a tia da vítima,
Maria Aparecida da Silva, de 44 anos.
De
acordo com a mulher, Ana Clara era a mais velha de dois irmãos e sempre foi
estudiosa e tímida. "Ela era apegada à família. Quase não saía de casa,
mas tinha o costume de buscar o irmão após as aulas dela", disse Maria.
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Com informações do Jornal Super Notícia e do Jornal Vale do Aço