Em 2012 foram 30 casos registrados na
capital.
Delegada diz que familiares podem comunicar o
fato nas primeiras horas.
Em 2013, a Delegacia Especializada em Crimes
Contra a Vida (DECCV) investigou, em Porto Velho e distritos da capital, um
aumento no número de pessoas desaparecidas. Em 2013 foram 38 desaparecimentos,
contra 30 casos registrados em 2012. De acordo com a delegada da Polícia Civil,
Leisolama Souza Silva Carvalho, as ocorrências geralmente são registradas pelos
familiares, mas ela afirma que grande parte trata-se de “ausências
temporárias”, e não exatamente um desaparecimento.
“São situações de pessoas que saem de casa,
demoram para voltar e não avisam a família. Outro caso comum são filhos que
brigam com os pais, ou ainda usuários de drogas que passam dias nas ruas ou em
casa de amigos, sem avisar ninguém”, disse a delegada.
De acordo com a DECCV, de todos os casos
registrados, seis estão sendo investigados, todos do sexo masculino, sendo uma
criança, o menino Arthur Pietro, de 3 anos, desaparecido desde o dia 2 de
agosto de 2013.
Outro caso de 2013 é referente a um homem
desaparecido na capital, outros 2 são casos de 2012, e os 2 últimos são
ocorrências registradas nos últimos dias de dezembro de 2013, que ainda não
viraram inquérito, mas que segundo a DECCV já estão sendo investigados.
A delegada Leisolama Carvalho disse ainda
que, na maioria dos casos, o inquérito nem chega a ser instaurado, pois as
pessoas aparecem espontaneamente e se apresentam na delegacia junto com o
parente que registrou a ocorrência, para prestar esclarecimentos.
“Ao contrário do que muitas pessoas pensam,
os familiares não precisam esperar até 24 horas para vir até a delegacia
comunicar o desaparecimento. Se um filho que costuma chegar em casa depois da
escola, em horário de rotina, e este demora muito pra chegar em casa, a família
deve tentar localizar mas, não sendo encontrado nas primeiras horas a
ocorrência já pode ser registrada”, finalizou Leisolama.
*Do G1.