O Hospital Pequeno Príncipe é apoiador do
Conselho Federal de Medicina (CFM) na “Semana de Mobilização Nacional para a
Busca e Defesa da Criança Desaparecida”, que será realizada de 25 a 31 de
março. Na abertura, nesta quarta-feira (25), às 9h30, a instituição receberá
integrantes do CFM para chamar a atenção dos médicos sobre procedimentos que
auxiliam na busca por crianças e adolescentes desaparecidos.
Por ser a maior instituição de saúde
exclusivamente pediátrica do Brasil, o Pequeno Príncipe foi o escolhido para
representar os demais hospitais e ainda por atuar na proteção de crianças e
adolescentes. “Há 95 anos, buscamos desenvolver ações que garantam melhores
condições de vida aos pequenos pacientes. Apoiar uma ação como essa faz parte
da nossa missão e, agora, os médicos também terão a oportunidade de mostrar que
estão preocupados com o tema ‘crianças desaparecidas’”, destaca o
diretor-técnico do Hospital e conselheiro estadual do CFM, Donizetti
Giamberardino Filho.
Orientação aos médicos
Em 2014, o CFM publicou uma recomendação
específica alertando médicos e instituições de tratamento clínico, ambulatorial
ou hospitalar, para que, ao atender uma criança, fiquem atentos a procedimentos
que auxiliam na busca por crianças desaparecidas. Dentre as orientações, estão:
– Observar como a criança ou adolescente se
comporta com o acompanhante. Se demonstra medo, choro ou aparência assustada.
– Observar se existem marcas físicas de
violência, como cortes, hematomas ou até abusos.
– Solicitar a documentação do acompanhante.
Conforme a resolução do CFM, “a criança deve estar acompanhada dos pais, avós,
irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização
por escrito”.
– Desconfiar se o acompanhante fornecer
informações desencontradas, contraditórias ou não souber responder perguntas
básicas.
A recomendação na íntegra está disponível neste
endereço eletrônico.
Semana
de Mobilização Nacional para a Busca e Defesa da Criança Desaparecida
Além da ação no Hospital Pequeno Príncipe, o
CFM fará um ato simbólico na Boca Maldita, no centro de Curitiba, a partir das
15h. A capital paranaense é reconhecida como exemplo nacional e internacional
na busca de crianças. O Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas do
Paraná (Sicride) tem números de resgate superiores a 93%, muito diferente da
realidade brasileira como um todo, que é de 15%, de acordo com relatório da
Organização das Nações Unidas (ONU). Por ano, são registrados em média 50 mil casos.
Estima-se que quase 250 mil estejam desaparecidas no país.
O segundo evento está confirmado para o dia
31 de março, em São Paulo. A ação tem parceria com a Associação Brasileira de
Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD), conhecida como “Mães da Sé”. As
entidades promoverão um ato público por políticas públicas de enfrentamento ao
desaparecimento de crianças e adolescentes na Praça da Sé, no centro da capital
paulista.
Fonte: Nana Martins