Estatísticas já resultam em cerca de 750
desaparecimentos.
Investigadora ressalta que registro policial
pode ser feito no mesmo dia.
Em 2014, conforme estatísticas da Polícia
Civil, cerca de 750 casos de desaparecimento de foram registrados em Mato
Grosso do Sul. A maioria dos casos se refere a crianças e adolescentes. Mas o
sumiço de idosos também é comum e geralmente está relacionado a algum problema
de saúde.
Braz Pereira, de 69 anos, está desaparecido
desde março deste ano, por exemplo. Ele tem problemas mentais e a família apela
por ajuda com a distribuição de cartazes e o envolvimento da polícia no caso.
“A foto no cartaz é uma das poucas lembranças
que eu tenho dele. Braz saiu de casa por volta das 19h do dia 29 de março e não
voltou mais. Eu registrei uma ocorrência no dia 4 de abril deste ano e
ressaltei que ele tem esquizofrenia. Deveria, inclusive, tomar remédios
controlados, mas decidiu por conta própria parar de fazer o tratamento e agora
vizinhos disseram que já o viram andando nas ruas da cidade”, afirma a irmã da
vítima, Alda Pereira.
Como medida de prevenção, a geriatra Natália
Della diz que a doença de Alzheimer é mais frequente em idosos desaparecidos.
“Em alguns casos o quadro de desorientação pode ser provocado por remédios, por
isso é bom ficar atendo ao comportamento do idoso. A orientação é não deixá-los
sozinhos”, explica a médica.
Sem
tanta espera
Já a polícia ressalta que não é necessário
esperar 24h para denunciar o desaparecimento. “É errado este pensamento que diz
que tem que esperar este período. O familiar pode sim registrar a ocorrência,
nem que seja para quinze minutos depois ligar e dizer que já o localizou. Temos
que fazer o nosso papel de polícia e servir a população. Estamos próximos a
fronteiras secas e um dia de espera é muito tempo, correndo o risco de
perdermos estas pessoas”, finaliza a investigadora Maria Campos.