Na Argentina uma avó reencontrou o neto
desaparecido 36 anos antes.
Conheça essa e outras histórias que tiveram
final feliz em 2014.
O reencontro de Estela de Carlotto com seu
neto desaparecido por 36 anos durante a ditadura na Argentina, nesta semana,
foi marcado pela divulgação, pelo neto, Ignacio Hurban, de uma foto ao lado da
avó, que é presidente da organização Avós da Praça de Maio. Hurban, que
divulgou a imagem nesta sexta-feira (8), tinha dúvidas sobre sua origem e se
submeteu a um exame de DNA que confirmou o parentesco entre ele e Estela. A mãe
dele, Laura, foi assassinada por militares após dar à luz enquando estava
presa.
A notícia comoveu a Argentina, mas não foi o
único caso de reencontros emocionantes após anos de separação divulgados em
2014.
Veja a seguir outras histórias de parentes ou
amigos separados durante anos que acabaram com um final feliz:
Dez
anos após o tsunami
Raudhatul Jannah, da Indonésia, tinha quatro
anos quando o devastador tsunami atingiu o sudeste asiático e arrastou a menina
e seu irmão de sete anos em 26 de dezembro de 2004. A mãe dela, Jamaliah, e seu
marido sobreviveram ao fenômeno, que matou 170 mil pessoas em Aceh, no oeste da
ilha de Sumatra, onde a família mora. Ao longo dos anos, eles perderam a
esperança de encontrarem algum de seus filhos ainda vivo.
Em junho deste ano, um irmão da mulher viu
uma menina em uma vila local que parecia com sua sobrinha desaparecida. Ele fez
perguntas na região e descobriu que a menina havia sido encontrada após o
tsunami. Um pescador resgatou a criança e a levou para sua mãe, que criou a
menina. Após a dica de seu irmão, Jamaliah e seu marido visitaram a menina, que
hoje tem 14 anos, e descobriram que era realmente sua filha desaparecida.
Jannah voltou para a casa de seus pais na
quarta-feira (6). Seu irmão, Arif Pratama Rangkuti, também sobreviveu, segundo
a menina, mas seu destino é desconhecido.
Coreanos
separados ao Norte e ao Sul
As duas Coreias estão separadas por apenas
uma fronteira, mas a falta de diálogo entre as duas nações desde a Guerra da
Coreia, que durou entre 1950 e 1953, faz com que parentes tenham passado quase
60 anos sem se encontrar. Em fevereiro de 2014, uma negociação entre Seul e
Pyongyang fez com que 82 idosos sul-coreanos conseguissem participar de um
emocionante encontro com ses parentes norte-coreanos no monte Kumgang, na
Coreia do Norte.
O primeiro encontro desde 2010 de famílias
coreanas separadas pela guerra começou com uma grande cerimônia, em um salão
localizado no monte Kumgang, informou o ministério sul-coreano da Unificação.
Os 82 sul-coreanos se reuniram com 180 familiares norte-coreanos em um encontro
emotivo, após mais de 50 anos sem notícias. "Penso que quando olhar para o
seu rosto, não vou conseguir acreditar', disse Kim Dong-bin, de 81 anos, antes
do encontro com a irmã mais velha. "Não sei se vou conseguir reconhecê-la
imediatamente. Faz tanto tempo que não nos vemos."
Os participantes foram selecionados por
sorteio, e levaram presentes, remédios, fotos e vídeos para entregar aos
parentes do Norte. Os itens, segundo eles, são raros no país vizinho.
*Do G1.